
Pablo Pinheiro é fotógrafo, antropólogo, artista visual, doutorando em Antropologia Social pela UFRN. É membro do NAVIS - Núcleo de Antropologia Visual da UFRN e sócio fundador do Círculo da Imagem, além de dirigir a Editora e Produtora Deu na Telha. Com ampla experiência acadêmica e artística, Pablo coordena e colabora em projetos culturais e publicações que promovem a fotografia e as artes visuais no Brasil e no exterior. Premiado em importantes concursos, como o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (2014), o Prêmio Portfólio SOLAR (2018), o Rodrigo Melo do IPHAN (2020), o Prêmio Ana Galano - COMIS/ANPOCS - (2021) e o Prêmio Pierre Verger - Ensaio Fotográfico da 33ª RBA (2022), seu trabalho explora narrativas visuais ligadas à memória cultural e identidade. É responsável por projetos como Nossos Entes e Construindo Novos Olhares e atua em exposições, intervenções urbanas e transmissões online que conectam o público a novos olhares sobre a fotografia.
Statement artístico
Fotografar, para mim, é um gesto de relação.
Antes de tudo, escuto. Depois, encontro. Só então, imagem.
Minha prática nasce do desejo de fazer da fotografia um campo de afeto, de troca e de escuta mútua. Uma fotografia relacional, onde o que importa não é apenas o que se vê, mas o que se constrói na relação — entre mim, quem fotografo, e o território que nos atravessa.
Trabalho com imagens que emergem de vínculos. Não me interessa apenas o registro, mas a criação de presenças. Imagens que se instalam no mundo como sementes carregadas de esperança. Sementes que compreendem o tempo e a importância da raiz antes do fruto.
Elas carregam a memória de quem foi retratado, mas também os gestos que as tornaram possíveis.
Acredito na fotografia como prática de construção de memória e de conhecimento.
Mais do que um produto visual, vejo a imagem como espaço simbólico de partilha: entre pessoas, histórias e paisagens. Entre o fazer artístico e as interações sociais que o moldam.
Nossos Entes é um desses gestos em que a imagem circula para além da autoria — ela é do território. Cada retrato é adotado por um morador, tornando-se guardião da imagem e da memória coletiva que ela convoca. Nesse gesto, o público se torna parte da obra, e a obra se dissolve no cotidiano.
Trabalho entre a arte e a antropologia, entre o visível e o invisível, entre o documento e a ficção sensível.
Meu olhar é político e poético. E minha fotografia, um convite para cultivar presença, responsabilidade e imaginação partilhada.
Instagram: @pablo.b.pinheiro
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